Jornadas Técnicas das Engenharias

Decorreram, dia 20 de junho, no polo Amadora Sede da Escola Profissional Gustave Eiffel, as I Jornadas Técnicas das Engenharias. A Computação em Cloud, a Robótica e a Internet das Coisas foram alguns dos temas em destaque.

Ana Silva, subdiretora do polo, deu o mote resumindo os objetivos da iniciativa. “Este vai ser um momento de informação mas, sobretudo, de reflexão sobre as engenharias”. De igual forma, acrescentou, pretendeu-se debater “as perspetivas de evolução”.

Uma iniciativa inserida no âmbito da atividade dos Cursos Profissionais de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, de Técnico de Eletrónica e Telecomunicaçãoes e de Técnico de Automação e Comando, o evento arrancou com um painel de três oradores, moderado pela professora Sandra Cid, diretora de polo, que trouxeram à discussão temas relacionados com a evolução das tecnologias e as oportunidades que daí surgem.

Luís Assunção, docente do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) começou por tomar o palco, dissertando sobre as potencialidades do cloud computing. De há uns anos a esta parte, recordou o professor universitário, “este conceito explodiu e, hoje, toda a gente sabe o que é a cloud”.
Relativamente às potencialidades deste recurso, sublinhou Luís Assunção, elas “são tremendas”, sendo uma situação “comparável ao surgimento da internet”. Oferecendo alguns exemplos de como a cloude é um campo de inovação o docente recordou o exemplo do Instagram – plataforma criada por dois jovens estudantes e que, nos dois primeiros anos, acumulou mais de 100 milhões de utilizadores. “Para inovar, basta fazer melhor”, recordou, concluindo: “não é preciso revolucionar o Mundo”.

Seguiu-se José Barata, investigador da Universidade Nova, que centrou a sua apresentação nos temas da robótica e da pesquisa científica. Sobre a investigação, sublinhou a necessidade de trabalhar próximo das empresas, por exemplo, uma vez que “é obrigação de um investigador criar valor para a sociedade”.

Depois de apresentar alguns projetos de robótica, José Barata descreveu este ramo do saber como “uma área muito cool e com muitas aplicações”. “Há muito trabalho para fazer e vocês estão numa área muito importante para o País”, destacou. Por outro lado, cada um dos estudantes destes cursos pode ter um papel relevante a cumprir: “as áreas das tecnologias vivem da criatividade de jovens como vocês”.

Foi o futuro que esteve em discussão na última apresentação do painel, a cargo de Ana Rita Beire, da empresa Solvit. A engenheira centrou a sua intervenção no conceito da “internet das coisas” (Internet of Things) – conceito que se refere à incorporação de tecnologia smart no quotidiano dos cidadãos. Desta forma, temas como as smart cities – com aplicação recente em questões como a iluminação pública – foram trazidas à discussão, sendo que, para Ana Rita Beire, “é importante que os Governos implementem estas soluções”.

Depois do coffe-break, confecionado e servido pelos alunos dos Cursos de Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar, Partícia Antunes, team leader na empresa Upgrade falou sobre a ligação ao mercado de trabalho. Oferecendo algumas dicas aos alunos presentes, a oradora salientou a importância da língua inglesa e da presença em plataformas como o LinkedIn, para uma efetiva transição para o mundo do emprego.

Sobre as preferências das empresas, Patrícia Antunes destacou que elas “não olham apenas para o lado académico e profissional, mas também para uma boa postura e para a vontade de aprender”.

Para um dos alunos presentes nestas jornadas, Micael Monteiro, de 20 anos, este evento é relevante uma vez que “na área das tecnologias, é bom saber um pouco de tudo”. Nesse sentido, segundo revelou o estudante do 3.º ano do Curso Profissional de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações, estas jornadas permitiram-lhe “completar conhecimentos em coisas em que tinha apenas uma noção geral, como o Cloud Computing ou a Internet das Coisas”.

Por outro lado, acrescentou o estudante, esta iniciativa ganha dupla importância uma vez que, no campo das tecnologias, é também fundamental “manter o contacto com o maior número de pessoas”. “Hoje em dia, as ideias surgem sobretudo através da interação entre pessoas”, realçou, concluindo: “quem sabe se ainda não vamos ter uma ideia em conjunto”.

 

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